Daredevil 1, de 1964 |
Origem
Matthew "Matt" Michael Murdock era um excelente aluno e atleta, esta segunda condição obrigado a esconder do pai que exigia que o filho se dedicasse o tempo todo aos estudos. Ficou cego ainda na adolescência devido a acidente com um caminhão que carregava lixo tóxico. Em compensação, descobriu que seus outros sentidos haviam sido ampliados. Assumiu o uniforme e o codinome de Demolidor para vingar seu pai, Jonathan "Jack" Murdock, apelidado de "O Batalhador", nessa época um boxeador em decadência e que foi morto ao recusar "entregar" uma luta. Adulto, tem vida dupla: durante o dia, é um dos melhores advogados dos EUA e à noite, vigia as ruas da Cozinha do Inferno, bairro da Cidade de Nova York. É avesso a participar de grupos de heróis, mas presta assessoria jurídica a muitos deles (como o Quarteto Fantástico). Tornou-se amigo do Homem-Aranha e foi um dos poucos a conhecer sua identidade (também acabou por revelar a sua à Peter Parker). Recusou convites para participar dos Vingadores, assim como o Homem-Aranha, mas acabou aceitando a pouco tempo, fazendo parte dos Novos Vingadores, liderados por Luke Cage.
Os criadores e a trajetória do Demolidor
O nome já existia de um personagem dos anos de 1940 |
Demolidor é o nome que o personagem recebeu no Brasil, que eu acho que ficou melhor do que a tradução ao pé da letra. Originalmente seu nome é Daredevil, que significa ousado, atrevido (em uma participação em um episódio do Homem-Aranha em uma série do personagem nos anos 90, ele se apresentava como atrevido. Argh!) . Traduzindo ao pé da letra, demônio ousado, ou demônio atrevido, daí os chifres na máscara. Dois fatos curiosos é que o Demolidor é cego, mas não o primeiro herói cego nos quadrinho, pois já havia sido criado o primeiro, o Dr. Meia-Noite. O nome Daredevil também já pertencia a outro herói, criado por Jack Binder e Jack Coler, na década de 1940, um vigilante que usava uma roupa azul e vermelha e tinha um bumerangue como arma. Já o Demolidor usa dois bastões que podem ser unidos para se tornar uma bengala e assim, fazer parte do disfarce do cego inocente e indefeso.
DD 2, de Joe Orlando |
Daredevil 1 era o retorno à Marvel de Bill Everett após um período de afastamento. No entanto, as coisas saíram meio erradas. Diz a lenda que Everett entregou um trabalho tão ruim, impróprio para impressão, que Steve Ditko (outro desenhista Marvel da época - co-criador do Homem-Aranha) completou os desenhos antes de mandá-los para a colorização.
Nas edições 2 a 4, o substituto foi Joe Orlando, o desenhista italiano que viria a ser criador e editor da importante de linha de quadrinhos de terror da DC na década de 70. Seu trabalho virou referência para Alan Moore (veja a homenagem deste a Orlando em Watchmen) e Neil Gaiman, que revitalizou personagens suas em Sandman.
Nas primeiras edições, o Demolidor usava o uniforme vermelho e amarelo, sendo trocado na edição # 7 de sua revista, pelo artista Wally Wood, que assumiu as edições 5 a 10, que nesta edição, o herói ainda enfrentava Namor, o Príncipe Submarino. Wood vinha de uma carreira nos quadrinhos de terror da EC Comics e de colaborações com Will Eisner. Ele seria figura de proa nos quadrinhos independentes nos anos que se seguiram. Tomou até o lugar de Stan Lee nos roteiros da série por duas edições, 10 e 11, desenhadas por Bob Powell.
DD 7, Wood introduz o uniforme vermelho |
Jack Kirby, prata da casa, desenhou duas edições em que o selvagem Ka-Zar era reintroduzido ao Universo Marvel. John Romita, em um de seus primeiros trabalhos com os super-heróis Marvel, assumiu os desenhos da revista na edição 14. Na 16, desenhou pela primeira vez o personagem que o tornaria famosos: o Homem-Aranha.
Entretanto, o primeiro desenhista regular para a série foi o grande Gene Colan. Trabalhando nos quadrinhos desde a década de 40, ele era dinâmico em suas representações dos personagens e na composição das páginas, fazendo um trabalho realmente de vanguarda. O caráter enérgico de suas composições resultava nos mesmos corpos deformados e estranhos de Kirby, mas os desenhos eram etéreos, lembrando fumaça que se juntava para criar as formas. O artista entrou na edição 20 e, fora alguns poucos tapa-buracos, só deixou a revista no número 100.
Neste meio tempo, Roy Thomas assumiu os roteiros na edição 55. No final da década de 60, Thomas vinha substituindo Stan Lee em diversos títulos da Marvel, e Daredevil foi apenas mais um. O estilo era praticamente o mesmo, então a troca foi quase irrelevante. Gerry Conway, outro roteirista faz-tudo na Marvel, foi o terceiro escritor regular do Homem sem Medo, a partir da edição 72. Steve Gerber, por fim, escreveu a revista do número 99 ao 117.
DD 158, chega Frank Miller |
A partir daí, Daredevil foi um gibi meio jogado para quem quisesse pegar. Passaram pelos roteiros Chris Claremont, Len Wein, Marv Wolfman e Jim Shooter, entre outros, num espaço de trinta edições. Da mesma forma, a partir da edição 101, um sem número de desenhistas rabiscou pela série: Don Heck, Bob Brown, John Buscema, Sal Buscema, Gil Kane, Carmine Infantino. Gene Colan voltava de vez em quando. A revista só teve um roteirista regular com Roger McKenzie, na edição 151. E desenhista regular...
Nos anos 60 e 70, o herói enfrentou os vilões Electro, Coruja, Homem-Púrpura, Touro, Metalóide, Planejador e Ani-Homens, Gladiador, Cobra, Mr. Hyde, Besouro, Ardiloso, Dr. Destino, Zodíaco, Escorpião, Angar, Serpente da Lua, Nekra e Mandrill, Samurai de Prata, Circo do Crime, Hydra e Mercenário (Daredevil # 131).
Até esta altura - e já estamos em 1979 -, o Demolidor era a típico personagem que não tinha histórias muito personalizadas. Era jogado, como o Batman dos anos 60, em situações que iam contra sua lógica interna - viagens interestelares, poderes místicos, vilões nada interessantes (como o Sr. Medo ou o Polichinelo). A partir da metade da década de 70, as histórias foram ganhando um clima mais urbano, adaptado ao herói.
A estreia de Elektra |
Mas as histórias estava muito longe de serem memoráveis e no final dos anos 70, a revista do Demolidor estava prestes a ser cancelada. Então chegou um novato que veio da revista do Homem-Aranha para desenhar a revista no número 158 e após insistir com os editores, e finalmente na edição 165, acabou ficando responsável pelos roteiros. Seu nome: Frank Miller.
Os anos 80 foi o ano do Demolidor. Graças a Frank Miller, que mudou para sempre o personagem e seu destino. Hoje, ainda é o Demolidor de Miller que é trabalhado por todos os artistas. E não foi só o Demolidor que Miller mudou, mas também toda a indústria dos quadrinhos, tanto na narrativa quando graficamente. Com histórias mais adultas e diagramação mais cinematográfica, transformou o herói em um personagem mais complexo, mais urbano, deixando de lado a fantasia e os super-vilões e fazendo enfrentar ameaças mais realistas como traficantes, mafiosos. Não era mais um super-herói engraçadinho, mas um vigilante violento, que embora não matasse, não tinha medo de até aleijar um meliante, onde era comum assassinatos, drogas e prostitutas em suas histórias.
O Rei do Crime se torna o principal vilão do Demolidor |
Miller transformou suas histórias em dramas com tons sombrios, fazendo o personagem se tornar do 1º escalão. Sai os vilões ridículos e entra o Rei do Crime, um inimigo do Aranha, que foi super-aproveitado por Miller, que o fez um personagem interessantíssimo. Também foi responsável por criar um personagem que foi adorada pelos fãs rapidamente, a sexy e letal Elektra, a ninja assassina que fora amante de Matt Murdock, a identidade do Demolidor. Para dar mais realismo às histórias, fez Bem Urich, um repórter do Clarim Diário, descobrir sua identidade secreta, embora prometia ao Demolidor nunca revelá-la, destruindo as provas e protegendo seu segredo. Se tornou personagem secundário essencial nas histórias, principalmente na saga A Queda de Murdock. Atualizou a origem do herói, o fazendo ter sido treinado por um ninja chamado Stick, mudou sua psique, tornando o herói mais humano e interessante, ainda vinculou o Homem sem Medo à moral católica, à filosofia oriental, aos ninjas assassinos e ao mestre Stick. Miller tinha uma influencia bastante oriental nas suas histórias, por isto não foi raro o Demolidor enfrentar ninjas, como o Tentáculo, ao qual Elektra fazia parte.
Elektra, amada pelo fãs, morre pelas mãos do Mercenário, se tornando assim, o maior vilão do herói. |
Outro personagem que se tornou muito interessante foi o Mercenário. Nas mãos de Miller, um personagem sem graça acabou se tornando o principal oponente físico do Demolidor. A transformação foi tão importante que até hoje o personagem é uns dos mais importantes das galerias de vilões. Foi Miller que o fez um assassino que poderia usar qualquer objeto como arma.
Com as vendas das revistas nas alturas e o sucesso do personagem já consolidado, Miller chocou os fãs ao matar a personagem que tinha conquistado o coração dos leitores. Elektra é assassinada pelo mercenário na edição 181 da revista do herói. Com isto, Frank Miller criou um marco nos 80 e estabeleceu o Mercenário como o maior vilão das histórias do Demolidor.
Esta fase foi a mais importante e a melhor do Homem sem Medo, que durante anos nunca foi superada, embora tivesse muitas histórias marcantes.
A clássica fase de Miller, feita em conjunto com o importante arte-finalista Klaus Janson, durou até a edição 190.
DD 208, estreia David Mazzucchelli |
Com a saída de Miller, o Demolidor não teve histórias boas e passou por um período de histórias fracas e desinteressantes. Mesmo com o roteiro de Denny O’Neil, o famoso roteirista que escreveu as melhores histórias do Batman e o colocou no topo novamente nos anos 70 e foi o editor do Morcego por toda a década de 90, conseguiram fazer os leitores se interessarem pelo personagem tanto quanto Miller fez. Por isto, nesta época, o Demolidor lembrava tanto o Batman, com crimes insolúveis, trabalho detetivesco, vilões estranhos como o selvagem Micah Synn.
Depois deste período fraco, um artista assume os desenhos na edição 208 e que teria muita importância nas histórias do Demolidor. David Mazzucchelli, que com seus desenhos mais realistas e limpo, e era bastante dado a experimentos com o nanquim e cores , deu novo interesse a revista. E com isso, houve o retorno de Frank Miller, que há muito tempo queria trabalhar com o artista.
A queda de Murdock, aclamada saga mudou o status quo do herói |
Miller voltou e com desenhos de Mazzucchelli, escreveu um arco de 8 edições que novamente mudou os rumos do personagem, considerado até hoje umas das melhores historias do Homem sem Medo. Born Again (A queda de Murdock, no Brasil), foi um clássico instantâneo, onde Karen Page, uma antiga namorada de Matt, ao tentar o sucesso em Hollywood, acaba se tornando atriz pornô, viciada e vende a identidade do herói por uma dose. E quando esta informação chega ao Rei do Crime, ele não quer matar o Demolidor, ele quer quebrar seu espírito. Então com seu dinheiro e influência, Wilson Fisk faz o herói perder a licença de advogado, o dinheiro, a casa, a fama, os amigos e finalmente a sanidade. Murdock chega ao fundo do poço e ao tentar enfrentar o Rei é derrotado e jogado dentro de um taxi no rio para a morte. A vingança do Rei estava concluída. Ou não. Matt, com uma estrema força de vontade, depois de muito sofrer se reergue e volta para tomar seu lugar de herói. Esta, sem dúvida, foi a melhor saga do herói e tem um lugar certo no coração dos leitores.
Na fase de Nocenti e Romita Jr, introduziram um novo personagem, Mary Tifoid |
Com o fim da saga, Miller novamente abandona o título e o herói acaba tendo novamente historias fracas. A volta e subseqüente saída de Miller novamente deixou a série sem direção. O escritor havia transformado a personagem, livrando-a de toda sua carreira profissional como advogado de elite e mandando-o morar na Cozinha do Inferno. Quem ia cuidar desses novos aspectos do Demolidor? A batata quente foi para as mãos de Ann Nocenti, uma jovem editora da Marvel.
Nocenti ficou algumas edições sem desenhista fixo. Só na 250 ganhou John Romita Jr ,o artista que também teria muita importância com o personagem. A dupla trabalhou com temas e abordagens que hoje caberiam numa série da Vertigo: o choque de classes, ideologia, religião, ecologia, perda de identidade... Nocenti ficou marcada pela abordagem não-convencional do Demolidor, o que rendeu muitas críticas dos leitores. Mas o desenho de John Romita Jr. chamou a atenção dos leitores, o que manteve as vendas boas por alguns anos até sua saída. Então começou a decadência da revista com histórias cada vez piores, e até houve o retorno de Elektra (o que foi a quebra de um acordo verbal da Marvel com Miller), que fez aparições em outras revistas, principalmente na do Wolverine.
Viúva Negra foi uma das namoradas do herói, além de parceira nas aventuras |
Lee Weeks assumiu os desenhos na edição 284, e cuidou da transição para o escritor D.G. Chichester no número 292. Este ficou encarregado de acabar com as aventuras psicológicas do herói, e colocá-lo de novo no submundo. A queda do Rei do Crime, tipo uma Queda de Murdock ao contrário, que culminou na edição 300, é uma das boas histórias do período.
O nível baixou um pouco nas edições subseqüentes. Chichester continuava escrevendo histórias de conspiração, tentando pegar temas mais adultos, mas sem muito sucesso. Scott McDaniel, que depois se tornou desenhista de Batman e Superman, tornou-se o desenhista regular com um estilo ainda imaturo, mal definido e complicado. A dupla ganhou algum destaque na saga Caindo em desgraça, na qual o herói ostentava um novo uniforme que durou pouco mais de um ano. A trama, publicada em 93, foi produzida para revitalizar o interesse na série enquanto a mini-série Demolidor: Homem Sem Medo - onde Frank Miller e John Romita Jr. recontavam a origem do herói - fazia rebuliço nas lojas especializadas dos Estados Unidos.
O Justiceiro aparecia hora como oponente, hora como aliado |
Chichester continuou na série por mais dois anos, apesar das reclamações dos leitores. O escritor até escreveu seu último arco de aventuras com um nome fictício - Alan Smithee(nome utilizado no cinema quando o diretor não quer assinar a obra). Com a saída de Scott McDaniel, houve novo entra e sai de desenhistas: Tom Grindberg, Keith Pollard e até o brasileiro Alexandre Jubran.
Em 1995, Ano da Marvelution, quando a editora resolveu dividir todos seus títulos em cinco diferentes linhas, Daredevil caiu naEdge, linha de vanguarda, com Justiceiro, Hulk e outros. J.M. DeMatteis e Ron Wagner foram escalados como nova dupla criativa, trazendo aventuras psicológicas macabras. Não deu certo, como toda linha Edge. Os dois caíram fora depois de apenas sete edições.
Época de mudar a abordagem. A nova dupla convidada foi Karl Kesel e Cary Nord. Kesel resolveu ir longe, buscando as raízes cômicas do Demolidor, da época de Stan Lee. A abordagem fez um bom sucesso de crítica, e Daredevil era uma das poucas boas séries Marvel desse período. O escritor, porém, teve de sair da revista para assumir outros títulos e deixou tudo nas mãos do novato Joe Kelly. Este continuou com a comédia, mas sem tanto êxito.
DD 300, A queda do Rei do Crime |
Mas a mediocridade das histórias fizeram as vendas caírem e embora tivessem algumas histórias boazinhas, a revista acabou sendo cancelada na edição 380.
Mas no mês seguinte ao cancelamento, nos anos 1998, a revista volta a ser publicada reformulada, com a numeração reiniciada na nova linha editorial Marvel Knigths, com uma nova equipe criativa, formada pelo escritor Kevin Smith e pelo futuro editor-chefe da Marvel , Joe Quesada. Kevin Smith, um roteirista e diretor de cinema, apaixonado por quadrinhos e que começava a fazer seus primeiros roteiros para editoras menores, deu uma nova vida ao personagem depois de tantos anos com histórias fracas, com a saga Demônio da Guarda, que teve oito edições.
Depois houve a entrada de Michael Brian Bendis que novamente elevou a qualidade e as vendas do personagem. Com estas entradas de talentosos roteiristas e desenhistas, o Demolidor conseguiu voltar a ser um personagem importante e teve até um filme mediano produzido pela Fox, que teve Ben Affleck como Demolidor, Jennifer Gardner como Elektra e Collin Farell como Mercenário. Bem mediano com uma arrecadação mediana.
Até o Rei Jack Kirby já desenhou o Demolidor |
Uma das últimas sagas do Homem sem Medo foi Terra das Sombras. Durante os eventos de Reinado Sombrio, Matt entra em confronto com o Mercenário, confronto este que termina com a explosão de um prédio onde moravam várias famílias.
Ao pedir a ajuda do Tentáculo para livrar Nova York do poder de Norman Osborn, Matt tem sua alma corrompida, o que leva a saga Terra das Sombras.
Ao retornar do Japão, Matt constrói uma fortaleza sob as ruína dos prédio destruído durante a explosão, chamando-a de Terra das Sombras.
O Mercenário desafia o Demolidor para uma luta. Aparecendo em um traje preto, Matt aceita e o enfrenta, brutalmente quebrando seus dois braços e matando-o. Na batalha final, Matt é salvo graças ao Punho de Ferro. Devido a tudo que aconteceu, Matt parte em uma viagem para se reencontrar.
Em uma ciadedezinha do México, Matt acaba enfrentanto policias corruptos e chefão do crime com poderes telepáticos chamado Calavera. Usando seus poderes, ele mostra a Matt todos os erros que ele cometeu. Após o final da batalha, Matt consegue reencontrar o herói que há dentro dele. Ele então volta para Nova York para recomeçar sua carreira jurídica e heróica.
O Filme do Demolidor foi mediano e a bilheteria foi apenas satisfatória. Michael Clarke Ducan, que faleceu recentemente, foi o Rei do Crime, uma mudança, já que o vilão é branco nos quadrinhos. |
Atualmente a revista do Demolidor está tendo histórias muito boas, sendo muito elogiado pela crítica e sendo sucesso com os leitores. Parece que o personagem finalmente entrou nos trilhos novamente.
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