sábado, 30 de junho de 2012

John Byrne: O grande nome dos quadrinhos dos anos 80

Bom, como meu primeiro post vou falar sobre um artista que foi a maior estrela dos anos 80: Jonh Byrne. Este anglo-canadense, com seus desenhos impressionantes e uma criatividade fantástica, conseguiu produzir historias inesquecíveis. Quando garoto, lia varias revistas de todos os heróis, naquele tempo era mais fácil comprar por ser baratas e arrumar emprestadas com os colegas. Mas o que mais me chamava a atenção era os desenhos de Byrne. Se me lembro bem, a primeira vez que li historia desenhada por ele foi do Punho de Ferro, junto com o Homem-Aranha. Mas me chamou mais a atenção foi, pouco depois, uma aventura com dos Vingadores lutando contra o Conde Nefária com super-poderes na extinta revista Heróis da TV. Já na primeira pagina, ele estava lutando contra os heróis. Nunca consegui ler a historia anterior. Mas me tornei fã e todos os trabalhos dele que eu pude, fui acompanhado. A melhor fase dos X-men foi pelas suas mãos e de Chris Claremont. Seus desenhos espetaculares e as histórias cativantes me fizeram querer todas as revistas. E quando chegou na fase da Fênix Negra, já era fã de carteirinha. Byrne foi o responsável por transformar o Wolverine no que ele é hoje. Antes dele começar a desenhar os X-men, Wolverine era um personagem subaproveitado, na verdade ele seria até mesmo descartado. Byrne, sendo Canadense, não queria que seu compatriota fosse excluído, decidiu “adota-lo”. E depois de muito trabalhar o baixinho, em The Uncanny X-men 133, Wolverine se firma como a estrela da série. Na história, após enfrentar o Circulo Interno do Clube do Inferno, os X-men são derrotados, e Wolverine, que não foi preso por ter atravessado todos os andares do Clube pelo poder mutante de um dos membros, tem a missão de resgatá-los. A cena de Wolverine levantando dos esgotos para vingar seus amigos é a cena mais icônica de sua carreira. Se não fosse por Byrne, é provável que Wolverine tivesse sido jogado para escanteio e teria o mesmo destino de muitos personagens, o ostracismo. Como já disse, a melhor fase dos X-men.
Byrne escreveu e desenhou vários heróis da Marvel. Outra fase boa dele foi ao lado de Roger Stern, em Capitão América. Simplesmente fantástica. Alem dos desenhos sempre ótimos de Byrne, as histórias eram muito boas. Uns dos trabalhos mais importantes de Byrne, foi com certeza com o Quarteto Fantástico. Responsável pelos desenhos e histórias, foi o trabalho mais longo do artista em um revista. Mas foi a melhor fase dos Quarteto, consolidando a primeira família da Marvel além de dar a eles personalidades marcantes. As histórias eram de pura ficção-cientifica, muito bem elaboradas, teve momentos muito bons. A evolução da Mulher-Invisível foi muito boa, pois ela era só uma peça decorativa, só servia para ser presa pelo vilão e resgatada pela equipa. Com Byrne, ela se tornou uma guerreira e mulher de personalidade forte, além de ser a membro mais poderosa, quase rivalizando com o Coisa. Numa aventura ela enfrenta e derrota a Mulher-Hulk. Na verdade a prima do Hulk também era subaproveitada, até Byrne colocá-la no grupo no lugar do Coisa e dar a ela uma personalidade divertida e muita sensualidade. Quando Byrne começou escrever as histórias da verdinha, ele tirou a alcunha de “A selvagem Mulher-Hulk” e substitui pela “ Sensacional Mulher-Hulk”. As historias dela eram recheadas de humor, com ela conversando até mesmo com os leitores. Muito bom mesmo.
E com o Hulk, Byrne fez um trabalho rápido, mas forte, que chegou a influenciar outros artistas depois. Na poucas edições que escreveu e desenhou, ele separou o Hulk de Banner, criou os Caça-Hulks, trouxe personagens de volta, casou Banner com Betty Ross. Mas o trabalho mais importante e polêmico, foi a reformulação do Super-Homem nos anos 80, após o fim de Crises nas Infinitas Terras, a maxi-série que reformulou o Universo DC. Byrne fez o Super mais humano, fazendo-o ficar menos poderoso, explicando seus poderes, fez que seu relacionamento com Lois Lane fosse divertido, pois ele como Clark Kent vivia disputando matérias, era um relacionamento bem parecido com o dos protagonistas da série a Gata e o Rato, se gostavam, mas sempre brigavam. Mas a mais importante mudança ocorreu com Lex Luthor. Byrne fez ele deixar de ser um cientista louco e se tornou um milionário inescrupuloso, que após ter sido preso pelo Super, dedica sua vida a matá-lo. Esta versão esta sendo usada até hoje.
Embora este artista esteja fora dos holofotes, fazendo apenas trabalhos independentes não se pode negar a importância que ele teve para a indústria dos quadrinhos. Poucos foram os artistas que podem dizer que tiveram tanta importância nesta industria, além de Stan Lee e Jack Kyrbe, que criaram o Universo Marvel. Pela sua importância, Byrne sempre estará na historia da entreterimento.